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Xinguara supera metas assistenciais do governo federal (no Programa Bolsa Família)
Graças às ações realizadas pela Prefeitura de Xinguara, o município superou o índice exigido pelo governo federal de acompanhamento das famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família. Atualmente o município conta no Cadastro Único com 8.568 famílias, desse total no município 3.776 são beneficiárias do programa.
De acordo com o levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Assistência Social (SEAS), Xinguara teve metas alcançadas na cobertura do programa no que se refere à saúde, educação e assistência social. “Isso demonstra que o programa está atingindo seus objetivos. A prefeitura garante o acompanhamento da saúde, educação e assistência social e o resultado é a melhoria da qualidade de vida e uma atenção melhor às famílias”, afirmou o prefeito Osvaldinho Assunção.
 Os dados da SEAS apontam que na segunda vigência de 2012 o município possuía uma taxa de cobertura de 59,48% no que se refere à saúde, já no mesmo período em 2013 esse índice chegou a 82,20%, sendo que a taxa mínima exigida pelo governo federal de cobertura na saúde é de 80%.“Nós nos sentimos honrados em superar a meta, esse resultado é reflexo do trabalho sério e voltado para o povo que a gestão vem realizando” disse Alessandro Arraes, secretário de saúde.
Já na educação o crescimento foi ainda maior, saltou de 75% em 2012 para 85% em 2013, superando a meta de 75% do governo federal. O resultado é reflexodas ações da secretaria de educação que proporcionaram um aumento expressivo na frequência escolar. ”Com os investimentos realizados pela Prefeitura, como novas carteiras, climatização de salas, merenda escolar de qualidade estamos conseguindo reduzir a evasão escolar e superar a meta” avaliou Vilmones da Silva, secretário de educação.
Já na assistência social a taxa de atualização cadastral alcançada é de 70% das famílias inseridas no Cadastro Único, um número expressivo. Ao todo o governo federal repassa em benefício a essas famílias um valor de R$ 578.456, que contribui também para aquecer o mercado local.
“Os excelentes resultados se dão devido o trabalho de parceria, assim como nosso comprometimento de ofertar as famílias de Xinguara uma qualidade de vida melhor por meio de ações que garantem os direitos dos cidadãos” afirmou Fátima Assunção, secretária de assistência social.

De acordo com a coordenadora do programa, para atingir os 30% que estão faltando a secretaria irá realizar ações junto as famílias. “Nós iremos realizar visitas na zona rural e urbana, para que as famílias que atendem os critérios do programa e ainda não foram inseridas venham a ser beneficiadas” disse Richerlene Ciceri. -Mayrla Lima.

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 ON 24/03/2014CATEGORIAS: ALTERNATIVASCAPAPÓS-CAPITALISMO

Há 143 anos, começava insurreição que estabeleceu formas inéditas de autonomia popular. Quais foram e como podem inspirar movimentos contemporâneos
Por Antoni Aguiló | Tradução: Gabriela Leite | Imagem: Jacques TardiLe cri du peuple
Acaba de completar 143 anos (em 26 de março) a proclamação da Comuna de Paris, uma das experiências de democracia popular participativa mais iluminadoras da história contemporânea do Ocidente, mas também, e ao mesmo tempo, uma das mais trágicas que já se conheceu.
Ao final da guerra franco-prussiana, com a França derrotada, seu primeiro ministro, Adolphe Thiers, destacou a importância de desarmar imediatamente Paris para impor o armistício humilhante assinado com a Prússia. Em 18 de março de 1871, sob o pretexto de que as armas eram propriedade do Estado, Thiers ordenou ao exército a retirada dos canhões que a Guarda Nacional tinha nas colinas Montmartre. Então, uma multidão indignada de mulheres e homens da classe operária se opôs ao desarmamento, que deixaria a cidade indefesa. Uma parte das tropas enviadas pelo governo negou-se a disparar contra o povo e muitos dos soldados acabaram confraternizando com o movimento de resistência. Este levantou-se em armas contra a Assembleia Nacional, desencadeando um processo revolucionário que colocava o proletariado parisiense em choque com a grande classe dos proprietários de terras, rentistas e camponeses ricos que dominava a Assembleia francesa.
Após a tentativa fracassada de desarmamento, o gabinete de Thiers fugiu para Versalhes. Os rebeldes instituíram um governo municipal provisório que, depois das eleições de 26 de março, transformou-se na Comuna de Paris. Constituía-se, assim, uma prefeitura rebelde de forte base entre os trabalhadores. O exemplo de Paris estendeu-se por outras cidades e povoados provinciais, como Lyon e Marselha, onde proclamaram-se comunas insurgentes, rapidamente esmagadas por Versalhes.
Mais além de seus tropeços, a Comuna de Paris nos deixou um legado: os exercícios de construção de poder popular vindos de baixo mais relevantes da história recente. Que aprendizagens da Comuna, em matéria de democracia, podem contribuir para iluminar as atuais lutas por democracias reais? Em que medida essas lutas passam por uma prática política revolucionária que amplia o poder efetivo das classes populares e outros coletivos historicamente afetados pela discriminação? Ao meu juizo, como embrião de democracia revolucionária, a Comuna de Paris proporciona alguns ensinamentos chave, que abrem caminhos pouco explorados para o avanço das democracias a serviço da emancipação social:
Democracia de base: a pretensão era a criação de um Estado desde a base, formado por autogovernos municipais federados entre si, com um governo central que tivesse escassas funções de coordenação. Um Estado novo, que contribuísse para desfazer a relação entre governantes e governados e assegurar melhores condições de vida e trabalho; no qual as pessoas se sentissem reconhecidas e, portanto, dispostas a defendê-lo.
Democracia operária de inspiração socialista. Os comuneiros tinham consciência da necessidade de romper com as velhas formas de dominação política (o parlamentarismo liberal e o Estado capitalista burguês), o que os levou a experimentar formas alternativas de política e sociedade. Mesmo que a Comuna não tenha acabado com o Estado capitalista, seu grande mérito foi arrebatar completamente seu controle da burguesia, transformando-o em um organismo novo, que permitia o acesso ao poder a quem tradicionalmente havia sido apartado dele. Já não era o governo das classes elitistas dominantes, mas o das maioria populares não representadas, os operários, cuja bandeira vermelha, símbolo da fraternidade internacional dos trabalhadores, tremulava pela primeira vez na sede do Governo, o Hôtel de Ville.
Neste ponto, adquire especial relevância o componente socialista da Comuna, presente no tipo de democracia que se estabeleceu: uma democracia não meramente formal, mas substantiva, participativa, que combinava democracia representativa com democracia direta. Uma democracia que representava um processo mais além da tomada conjuntural do poder, já que aspirava substituir o aparato burguês do Estado por outro, em correspondência com os interesses da classe trabalhadora. Em outras palavras, a democracia operária da Comuna permitiu a inversão do poder, deslocando o poder político classista e elitista monopolizado por proprietários para colocar nas mãos da classe trabalhadora a capacidade efetiva de deliberar, decidir e organizar a sociedade.
A democracia da Comuna articulava-se em torno de cinco princípios: 1) Eleição por sufrágio universal de todos os funcionários públicos. 2) Limitação do salário dos membros e funcionários comunais, que não podiam exceder o salário médio de um operário qualificado, e em nenhum caso superar os 6 mil francos anuais. 3) Os representantes políticos estavam ligados umbilicalmente aos eleitores por delegação e mandato imperativo. 4) Qualquer representante podia perder a confiança dos eleitores e ser deposto de imediato; ou seja, a Comuna instituiu a revogabilidade do mandato, acabando com a perversidade de um sistema representativo liberal que, como na atualidade, permitia suplantar a vontade dos representados e promovia a profissionalização da política. A Comuna cuidou, deste modo, de fazer um uso contra-hegemônico da democracia representativa, em que os representantes obedecem — e não um sistema como o atual, em que os que mandam não obedecem, e os que obedecem não mandam. Este tipo de democracia representativa consagrava o direito popular a pedir contas, exigir responsabilidades e controlar os representantes, o que representou um duro golpe à (hoje tão em voga…) compreensão parasitária da política, vista como um trampolim para obter privilégios, fazer carreira profissional e esquecer-se do eleitorado. 5) Transferência de tarefas do Estados aos trabalhadores organizados, como a promoção da autogestão operária mediante a socialização das fábricas abandonadas pelos patrões.
Novas medidas emancipadoras. As iniciativas para socializar o poder político não foram as únicas. Também foram acompanhadas de medidas atrevidas de caráter social, entre as quais cabe destacar a separação entre Igreja e Estado, garantindo o caráter laico, obrigatório e gratuito da educação pública; a expropriação dos bens das igrejas; a supressão do serviço militar obrigatório; a aprovação de uma moratória sobre as rendas de habitação, que abolia as leis anteriores nesta matéria, confiscava as residências vazias e cancelava as dívidas por aluguel, pondo a moradia a serviço das necessidades sociais e ao bem estar geral; a supressão do trabalho noturno das padarias e a proibição da prática patronal de multar os empregados, uma estratégia habitual para reduzir seus salários.
Contudo, a burguesia francesa não permitiu que o novo sistema político prosperasse. Com a colaboração das tropas prussianas que cercavam Paris, o governo de Versalhes enviou mais de 130 mil soldados que, em 28 e maio de 1871, depois de 72 dias intensos e fugazes de autogoverno popular, aniquilaram a Comuna. Estima-se que na batalha tenham morrido mais de 20 mil parisienses, e que uns 43 mil combatentes tenham sido capturados; 13 mil condenados à prisão, 7 mil deles deportados para a Nova Caledônia.
A Comuna de Paris representa não apenas a última das grandes revoluções populares do século XIX, mas também o primeiro dos democraticídios da era moderna, algo mencionado apenas de passagem na história “oficial” da democracia. Lamentavelmente, hoje também são tempos de democraticídio, de extermínio de saberes e práticas democráticas. O capitalismo fulminou a democracia representativa em boa parte da Europa, onde os Parlamentos e as eleições tornaram-se praticamente dispensáveis. Mas também são, entre outras coisas, tempos de experimentalismo político, de rachaduras no poder constituído, de protestos populares, de organização coletiva e de lutas por um poder popular constituinte. Como nos recorda a Comuna de Paris, ele nasce nas ruas, como exigência de mudança das velhas estruturas políticas e econômicas que oprimem a gente e restringem a construção de outras democracias possíveis.

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Xinguara participa da reativação do Fórum de Turismo do Pólo Araguaia/Tocantins

Na última semana,a secretária de meio ambiente e turismo, Tatiana Cossetin, participou em Marabá, da reativação do Fórum de Turismo do Pólo Araguaia Tocantins.
“A reativação do Fórum Permanente de Turismo Araguaia Tocantins, é o início das ações a serem realizadas, para colocar o município apto a acessar os recursos federais para a promoção e desenvolvimento do turismo local” avaliou Tatiana.
Na oportunidade, técnicos da Secretaria de Turismo do Estado ( Setur), falaram sobre os critérios exigidos aos municípios para que possam acessar recursos federais do Ministério do Turismo. De acordo com a secretária, dentro da roteirização dos destinos turístico, Xinguara está inserida na Rota do Agronegócio. Os recursos a serem pleiteados são para investimento em  infraestrutura turística, realização de eventos e fortalecimento da gestão pública voltada para o Turismo.
Estiveram presentes representantes dos municípios de São Félix, Xinguara, Tucuruí, Canaã dos Carajás, Marabá, Goianésia do Pará, São Domingos do Araguaia, Abel Figueiredo, Novo Repartimento, Parauapebas, Barcarena e Jacundá, sendo todos integrantes da Região Araguaia Tocantins.-  Mayrla Lima

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Xinguara:
Professores da rede municipal de ensino continuam em greve

Os professores reuniram – se às 14 horas desta ultima Segunda Feira dia 28 na cede do SINTEPP – Sindicato dos Trabalhadores em Educação Publica do Estado do Pará, onde foi lida uma ata escrita na audiência de tentativa de conciliação no fórum da comarca de Xinguara, convocada pelo juiz  Dr. José Admilson Gomes Pereira. 
 A audiência foi iniciada nesta segunda-feira (28/04/14), às 10 horas na sala de audiências da 1ª Vara, no Fórum da cidade, porém ficou prejudica devido ao pedido de excessão de suspeição impetrado pelos advogados da prefeitura.A greve dos professores de Xinguara já dura 14 dias.
 Assim, o processo irá agora para o Tribunal de Justiça. Os professores exigem aumento salarial de 10.4%, mas a prefeitura não concorda com o pedido, alegando que os salários dos professores estão acima do piso nacional, que é de R$ 1.697,37. Segundo os cálculos do SINTEPP, o aumento dado pelo poder publico municipal trás um achatamento salarial, pois em anos anteriores ganhavam um pouco mais de oitenta reais acima do piso salarial nacional, e agora com o novo piso nacional apenas algo em torno de três reais acima do piso. 
 Diante do impasse, o caso foi parar na justiça da Comarca, que tentou a conciliação entre as partes; mas, sem sucesso. Os professores reafirmaram que vão continuar em greve na expectativa pela decisão do TJPA. – Juarez Queiroz.

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Nota de Esclarecimento
A Prefeitura Municipal de Xinguara, por meio da secretaria de educação informa que a audiência para conciliação sobre a greve dos professores não ocorreu, visto que o juiz tinha se declarado suspeito para atuar em processos em que figura o advogado, Joel Lobato, representante da Prefeitura Municipal. Dessa forma o processo foi remetido ao Tribunal de Justiça, para decisão sobre o incidente de suspeição.
Negociação
Como tentativa de negociação e por fim à greve, o promotor de justiça, Ramon Furtado Santos, convidou as partes para conciliar administrativamente no âmbito do Ministério Público. Convite aceito prontamente pela secretaria de educação, porém recursado pelo SINTEPP, afirmando que iria analisar a hipótese da conciliação no MP. 
Em outra tentativa de conciliar com a classe, o prefeito Osvaldino Assunção, atendendo um pedido informal do movimento grevista, pediu para o secretário, Vilmones da Silva, convidá-los para uma reunião na manhã desta segunda-feira (28), porém mais uma vez o Sindicato não aceitou.
Transparência
Quanto à transparência dos pagamentos aos professores, a administração municipal informa que a folha de pagamento está nos autos do processo judicial com amplo acesso aos advogados do SINTEPP.
A secretaria de educação informa ainda que com base na Lei 11738\2008 apresentou ao Sintepp um reajuste salarial onde os servidores do magistério passariam a receber R$1.700.00, valor acima do piso salarial nacional de 2014 que é de R$ 1.697,00.
O sindicato solicita um reajuste de 10,04 % , porém a administração municipal não poderá assumir tal compromisso, já que atualmente  os recursos destinados a folha de pagamento do magistério soma-se 70,5%, do FUNDEB 2014, que corresponde a R$ 15.697.651,75 de um total de  22.251.152,88 percentual acima do estabelecido por lei que é de 60%. Restando apenas 29,5 % do FUNDEB para investir no pagamento dos demais servidores da educação e manutenção da pasta.
Entendemos a busca por melhorias salariais como legítima, porém estamos realizando o possível para resolver a situação, ficando claro que a proposta apresentada está atendendo as leis federal e municipal e possibilitando a manutenção dos salários em dia.
Sabemos que os magistérios realizam um trabalho de suma importância para a construção de nossos cidadãos, respeitamos e admiramos a classe. Os salários hoje pagos podem não ser os ideais, mas são os possíveis dentro do orçamento anual destinado pelo Governo Federal (FNDE) ao município de Xinguara.
Vilmones da Silva
Secretário de Educação
Nota de encaminhada a Este BLOG por Mayrla Lima da assessoria de comunicação da Prefeitura de Xinguara


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Xinguara:

Atualização do cadastro Bolsa Família nos Distritos

Na próxima quarta-feira (21), a Secretaria de Assistência Social estará no Distrito Rio Vermelho com uma equipe responsável pelo cadastro no programa Bolsa Família,realizando a atualização do Cadastro Único(instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda). A mesma ação será realizada no Distrito São José na semana seguinte, no dia 28 (quarta-feira).
De acordo com a coordenadora Richerlene Ciceri, responsável pelo Bolsa Família, a equipe da Assistência Social irá realizar um trabalho de busca ativa para inclusão no Cadastro Único. A busca ativa para inclusão no CadÚnico objetiva localizar as famílias extremamente pobres, que possuem o perfil e ainda não estão inscritas no programa e incluí-las no cadastro, mantendo-o sempre com informações atualizadas.

Para realizar o cadastro as famílias devem levar os seguintes documentos: CPF, carteira de identidade (RG), título eleitoral, carteira de trabalho (CTPS) e certidão de nascimento. -  Mayrla Lima

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Pará recebe reconhecimento internacional de livre de febre aftosa com vacinação
  Delegação brasileira reúne representantes do setor produtivo e do agronegócio do Pará e do nordeste brasileiro e participa da 82° Seção Geral da Assembléia Mundial de Delegados, promovida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que acontecerá no período de 25 a 30 de maio em Paris, na França. As regiões do Marajó, oeste do Pará e nordeste paraense recebem, no dia 28 de maio, a certificação internacional de área totalmente livre de febre aftosa com vacinação, juntamente com outros sete estados do nordeste, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. Na ocasião, também será celebrado os 90 anos da organização, da qual o Brasil é membro fundador.
 O evento, que reúne representantes de 178 países signatários, apresenta uma programação que discutirá assuntos de interesse mundial, a exemplo da adoção de resoluções acerca das principais doenças animais, principalmente as de maior impacto para o ser humano e para a economia mundial; as normas internacionais para o comércio de animais e seus produtos e a qualidade dos serviços veterinários. A pauta inclui ainda o debate em torno de temas técnicos sobre a situação sanitária mundial.
 À assembléia geral da OIE, estarão presentes o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller; o governador do Estado do Pará, Simão Jatene; o diretor do Departamento de Saúde Animal (DAS/Mapa) e presidente da Comissão Regional da OIE, Guilherme Marques; o secretário de Estado de Agricultura, Andrei Gustavo Castro; o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), Sálvio Freire; o ex diretor da Adepará e pecuarista, Mário Moreira; diretor técnico da Adepará, Ivaldo Santana;  veterinário da Adepará, Gláucio Galindo e entre outros, os representantes do setor produtivo privado, a exemplo do presidente da União Nacional da Indústria da Carne (Uniec), Francisco Victer e o presidente da Associação Brasileira dos exportadores de Carne, Gil Reis.
 Em entrevista concedida à assessoria de comunicação do Mapa, a diretora substituta do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Denise Euclydes, considerou o momento importante, pois o Brasil terá uma nova zona reconhecida como livre de febre aftosa com vacinação, o que significa um avanço ao país, pois abrirá novas perspectivas para o comércio interno e externo de produtos pecuários.
 A bovinocultura é um dos principais destaques do agronegócio brasileiro no cenário mundial. O Brasil é dono, segundo o Ministério da Agricultura, do segundo maior rebanho efetivo do mundo, com cerca de 200 milhões de cabeças, e desde 2004 assumiu a liderança das exportações com um quinto da carne comercializada internacionalmente e vendas em mais de 180 países.
 O reconhecimento internacional abre mercado à economia paraense, pois a carne é o segundo produto na composição do Produto Interno Bruto (PIB) e a maioria dos nossos municípios paraenses tem a pecuária como sua principal atividade e a partir da certificação os animais poderão ser comercializados dentro e fora do estado.
 Segundo o pecuarista Mário Moreira, o reconhecimento internacional significa um avanço para a pecuária paraense, uma vez que o Pará possui o 5º maior rebanho do país e ocupa a  4ª posição em produção e exportação de carne. “Depois de muita luta, muito esforço, é gratificante ter a certeza de que teremos um futuro ainda mais promissor para o agronegócio e para a economia paraense”, declarou Moreira.
 O Pará, mesmo com características peculiares ao Estado, que incluem o tamanho, a geografia e o fato de, por um longo período, possuir regiões com diferentes status sanitários, conseguiu cumprir etapas e garantir êxito em torno do objetivo de alcançar  a unidade de uma área totalmente livre de febre aftosa com vacinação. Tal êxito foi reconhecido pelo Ministério da Agricultura, em agosto de 2013, ocasião que o estado conseguiu a certificação nacional de livre de febre aftosa com vacinação.
 “Agora vamos voltar para o estado do Pará com um certificado assinado pelo presidente da OIE, Vicent Vallat, que declara o estado 100% livre de febre aftosa com vacinação”, disse o pecuarista  Mário Moreira. Ele confirmou ainda, que o reconhecimento internacional trará muitos benefícios para o setor. Além da abertura do mercado exportador da carne, o trânsito do boi em pé também terá redução de restrições, a exemplo do término do período quarentenário por ocasião do transporte do gado de uma região sanitária para outra até a chegada nos portos do Pará. Outro item que será beneficiado é o trânsito do gado paraense para outros estados brasileiros que já possuem a certificação de livre de febre aftosa, a exemplo de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Tocantins.
  Retrospectiva - O pecuarista Mário Moreira, que esteve à frente da Adepará no período de 2011 a fevereiro de 2014, ressaltou a importância em mudar a condição sanitária, pois somente dessa forma as regiões do Marajó, oeste do Pará e nordeste paraense, que antes possuíam o status sanitário de médio risco, poderiam ganhar mercado internacional.  Moreira explicou que a maioria dos municípios paraenses possui como principal atividade econômica a pecuária, porém, os obstáculos para a comercialização a carne eram muitos, mediante a condição sanitária do Pará. Segundo ele, foi preciso cumprir todos os pré requisitos para tornar o estado 100% livre de febre aftosa, que precisou passar antes pelo reconhecimento nacional oficializado pelo Ministério de Agricultura, fato que aconteceu em agosto de 2013.
 “Nossa maior luta mesmo, foi na esfera internacional. Para conseguir o reconhecimento da OIE foi preciso muita dedicação, trabalho e  investimentos em torno da modernização da Adepara e eficientização dos serviços veterinários. Tivemos que provar através da sorologia a inexistência de circulação do vírus da aftosa em território paraense e alcançar altos índices de vacinação; avançar com parcerias e relacionamento com os entes do setor produtivo e sobretudo valorizar de fato e de direito os servidores da defesa agropecuária”, explicou Mário Moreira. -  Christina Hayne - Ascom/ Adepará 

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Xinguara:
Hospital Municipal moderniza atendimento à pacientes com o projeto Telemedicina Pará

Inovação no atendimento a pacientes tem sido um dos fatores do sucesso dos trabalhos realizados no Hospital Municipal de Xinguara (HMX), por meio da secretaria municipal de saúde. Nesta segunda-feira (26), os pacientes ganharam mais uma novidade. Através da parceria com o governo do estado foi implantado o sistema telemedicina do Pará, que permite a realização de exames de eletrocardiograma de forma rápida e eficaz.
Atualmente o Hospital Municipal de Xinguara realiza por semana, cerca de 30eletrocardiogramas, de um total de 40 pacientes atendidos por um cardiologista. “Esse é mais um avanço da administração municipal que tem investido na melhoria da saúde da população. A partir de agora os pacientes vão poder ter um diagnóstico rápido, e assim ter mais chances de salvar a vida” avaliou Janaina Pereira, diretora do HMX.
Oprincipal objetivo da Telemedicina Pará é ampliar o acesso a diagnósticos mais rápidos e dessa forma iniciar o tratamento imediatamente com grandes chances de reverter o quadro clínico de pacientes que necessitam de uma avaliação mais urgente.
Segundo a o cardiologista, Ivan Ferreira,responsável pela implantação do projeto em Xinguara, a ideia é permitir que o HMX,por meio de um sistema informatizado, possa gerar imagens dos exames para que os laudos sejam realizados por especialistas em um período de no máximo 24h. “A telemedicinanos permite, ajudar pacientes a ter um diagnóstico preciso com um mínimo de tempo possível. Em caso de emergência o laudo é transmitido em até 10 minutos para a avaliação e procedimentos médicos” afirmou o cardiologista.
Como funciona
O suporte é oferecido por internet, através de um contato direto entre o médico solicitante, que tem a sua frente o paciente, e o cardiologista de plantão, que recebe, à distância, as informações em tempo real, repassa o diagnóstico preciso e o recurso terapêutico recomendado. Com isso, a reversão do quadro clínico do paciente é imediata, o que evita óbitos e sequelas graves nos pacientes.
Atualmente o projeto de Telemedicina Pará está implantado além e Xinguaraem mais14 municípios do Pará. A expectativa é que sejam realizados no HMX cerca de 200 eletrocardiogramas por mês. - Mayrla Lima


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O Pará recebe certificação internacional de livre de febre aftosa da OIE, nesta Quinta Feira dia 29 de Maio.

 Na noite desta quinta feira, 29, o Estado do Pará recebe da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), juntamente com outros sete estados brasileiros - Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí, Ceará, Paraíba e Maranhão -, a certificação internacional de área totalmente livre de febre aftosa com vacinação, durante a 82ª Assembléia Geral da OIE, em Paris (França). Participam do evento o ministro da Agricultura Neri Geller, o governador do Pará, Simão Jatene, representantes da Agência de Defesa Agropecuária do Pará entre os quais o diretor geral, Sálvio Freire; diretor técnico, Ivaldo Santana e gerente de Epidemiologia e Emergência da Adepará, Glaucio Galindo, e, entre os representantes do setor produtivo, o pecuarista Mário Moreira.


Na última segunda feira, 26, a comitiva brasileira que integrou o governador do estado do Pará, Simão Jatene, o ministro de Agricultura, Neri Geller entre outros representantes do setor produtivo do Pará e do Brasil foram recepcionados na Embaixada do Brasil, na França, pelo embaixador brasileiroe pelo presidente da OIE, Bernard Vallet. Durante a recepção, comitiva foi informada e parabenizada pelo recebimento da certificação internacional de livre de febre aftosa com vacinação. A entrega do certificado acontece amanhã,29 de maio, na sede da OIE.


Em pronunciamento em recepção na embaixada brasileira, o governador Simão Jatene falou do potencial produtivo do estado do Pará e da importância da certificação para o Estado, que contribuirá com a segurança alimentar no mundo e com o credenciamento da oferta de proteína nobre, seguindo os padrões sanitários e ambientais determinados.

Mário Moreira, representante do setor pecuarista que integrou a comitiva informou acerca da reunião de trabalho com o presidente da OIE, Bernard Vallat, que elogiou o trabalho em favor da conquista sanitária do estado do Pará. Vallat ressaltou a importância em mostrar ao mundo que o Pará está livre de febre aftosa com vacinação.

“Foi emocionante confirmar a credibilidade dotrabalho que foi decisivo para a conquista desse reconhecimento internacional em relação a defesa pecuária no Pará que contou com a participação e envolvimento dos servidores da Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), produtores rurais, representantes de entidades de classe e do esforço do Governo do Estado”, enfatizou Mário Moreira. “Esse momento marca a história da defesa agropecuária do Pará”, finalizouMário.

  Histórico - A busca pela mudança de status sanitário passou pela determinação de investimentos tanto do governo do estado do Pará, como do governo federal em torno das ações de defesa agropecuária e, de outro lado, pela conscientização dos pecuaristas do Pará. Juntos, produtores e técnicos da defesa agropecuária cumpriram as etapas exigidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Dessa forma, os municípios que integram as áreas II e III, Baixo Amazonas e Marajó tiveram suas propriedades reconhecidas como livre de febre aftosa.
 No Pará, apenas os 44 municípios do sul e sudeste, que fazem parte da área I possuíam o reconhecimento nacional e internacional como livres de febre aftosa, portanto, somente propriedades rurais desses municípios podiam comercializar nacionalmente e exportar o gado para regiões que já possuem a certificação.
    Esse cenário começou a mudar efetivamente em agosto de 2013, ocasião em que se consumou o reconhecimento nacional de livre de febre aftosa com vacinação por meio do Ministério da Agricultura aos municípios paraenses que integram as regiões nordeste, Baixo Amazonas e Marajó. O reconhecimento credenciou o cumprimento da etapa seguinte que foi a busca pela certificação internacional. A partir de 29 de maio, mais de seis milhões de cabeças do Pará, localizadas em propriedades das regiões que estão recebendo a certificação internacional,(áreas II, III e Marajó) poderão ser comercializadas entre os estados brasileiros e estarão credenciadas ao mercado internacional.
 Para Mário Moreira acertificação atestada por 187 países signatários da OIE, proporciona um futuro ainda mais promissor para o agronegócio e para a economia paraense.
   “O reconhecimento é consequência do resultado do trabalho executado pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará, que buscou a mudança sanitária com o cumprimento de mais de 38 itens de exigências, entre os quais, a realização de inquéritos sorológicos; serviço veterinário de qualidade; vacinação com níveis de participação superior a 98% ; implantação de GTA (Guia de Trânsito Animal) eletrônica e online, implantação do PCCR - Plano de Carreira, Cargos e Remuneração da Adepará e demais melhorias na logística de trabalho e investimentos nas ações de defesa da saúde animal”, informou Mário Moreira.
Para Sálvio Freire, atual gestor da Adepará, a certificação abrirá as portas do mercado para comercialização nacional e internacional do rebanho paraense, seus produtos e subprodutos ,as regiões nordeste e oeste do Pará e no Marajó.
    SegundoSálvio, o Pará será referência como fornecedor de produtos com qualidade.Com a certificação internacional a ser conferida pela OIE, o gado paraense e dos demais estados do nordeste brasileiro vão se igualar sanitariamente e economicamente aos bovinos dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.
 “Vamos ter mais oportunidades de negócios e mais clientes para o mercado paraense, que passará a ter uma carne mais valorizada e a matéria prima, que é o boi, mais credenciada!", declarou o diretor geral da Adepará.
 Números - Os dados da Adepará de 2013 confirmam que o efetivo bovino do Estado, que reúne as áreas I, II, e III e mais a Ilha do Marajó, já superou os 21 milhões de cabeças.   A cada ano, a participação brasileira no comércio internacional vem crescendo. Segundo o Ministério da Agricultura, até 2020 a expectativa é que a produção nacional de carnes suprirá 44,5% do mercado mundial.
  A bovinocultura é um dos principais destaques do agronegócio brasileiro no cenário mundial. Conforme o Ministério da Agricultura, o Brasil é donodo segundo maior rebanho efetivo do mundo, com cerca de 200 milhões de cabeças, e desde 2004 assumiu a liderança das exportações com um quinto da carne comercializada internacionalmente e vendas em mais de 180 países.
  O rebanho bovino brasileiro proporciona o desenvolvimento de dois segmentos lucrativos, as cadeias produtivas da carne e leite. O valor bruto da produção desses dois segmentos, estimado em R$ 67 bilhões, aliado à presença da atividade em todos os estados brasileiros, evidenciam a importância econômica e social da bovinocultura em nosso país.
 O clima tropical e a extensão territorial do Brasil contribuem para esse resultado, uma vez que permitem a criação da maioria do gado em pastagens. Além disso, o investimento em tecnologia e capacitação profissional; o desenvolvimento de políticas públicas, que permitem que o animal seja rastreado do seu nascimento até o abate; e o controle da sanidade animal e segurança alimentar contribuíram para que o País atendesse às exigências de mercados rigorosos e conquistasse espaço no cenário mundial.

Christina Hayne- Ascom/ Adepará



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XINGUARA:
Professores em greve de fome

 POR  http://www.hiroshibogea.com.br/em-greve-de-fome




Poliana Arantes, integrante do grupo de nove educadores em greve de fome, revela que o movimento superou 25 horas, “e só estamos consumindo líquidos, como água, água de coco e chá sem açúcar”.
Entre os nove grevistas, encontra-se Willian   Antonio Silva, coordenador geral  do Sintepp estadual, que se deslocou até Xinguara para dar apoio ao movimento.
Hoje pela manhã, a professora Marly Moreira dos Santos , mãe de  um bebê de onze meses, passou mal, depois de amamentar o filho (foto acima). Como nas últimas 24 horas a grevista vem se alimentando apenas com líquido, seu organismo reagiu negativamente à falta de  nutrientes, mas mesmo assim, a jovem mãe se esforça para manter-se unida aos grevistas, e, ao mesmo tempo, alimentar o bebê.
Ou seja, duas situações distintas: a mãe restringindo sua alimentação, e, simultaneamente, tentando alimentar o filho.
Embora a greve dos professores de Xinguara tenha sido considerada legal pela Justiça do município, e, posteriormente,  referendada pelo Tribunal de Justiça do Estado, um fato novo veio contribuir para a radicalização do movimento grevista: uma tal recomendação do promotor de Justiça Renato Belini de Oliveira Costa, sugerindo à Prefeitura de Xinguara o corte de ponto dos grevistas,  contratação de substitutos, abertura de processo administrativo, e redução de carga horária.
A  “recomendação” surgiu como sentença.
Mais que depressa, o prefeito  Osvaldo Assunção, do PMDB, soltou o verbo, ameaçando e coagindo.
Uma das ameaças é a de transferir, para locais bem distantes da sede do município, os grevistas.
Totalmente despreparado para encarar movimento da dimensão do registrado em Xinguara, o prefeito recorre às velhas práticas do coronelismo,  proibindo qualquer tipo de reatamento de conversações com os educadores e, tal qual ditador de riachão,  mostra o chicote.
Provando que com ele vale a lei do mais forte, Oswaldo Assunção determinou à secretaria de Educação jogasse também pesado.
Hoje, contracheques  do pessoal de apoio de greve, apareceu  zerado, enquanto professores em greve  receberam apenas 100 horas
Depois de pedir a ilegalidade da greve, num primeiro instante, o promotor Beline viu suas pretensões serem negadas.
Inicialmente, pelo juiz da Comarca.
Depois, pelo próprio TJE.
No dia 13 de maio o Desembargador Ricardo Ferreira Nunes, negou a o pedido de liminar feito pela prefeitura municipal de Xinguara, entendendo pela legalidade do movimento.
O promotor, ao invés de seguir determinação do TJE,  abriu espaço para o prefeito fechar qualquer tipo de gesto que pudesse serenar os ânimos, ao publicar a graciosa “recomendação”.
O promotor Renato Beline agora é visto como “aliado” do prefeito, provocando a ira dos professores e, ao mesmo tempo, unindo em torno da greve diversas entidades de classe.
Treze entidades assinaram Nota de Repúdio ao promotor, apontando a atitude dele de “abusiva, equivocada, indigna, servil, partidária e desastrosa em relação à greve dos trabalhadores em educação do município”.
A seguir, íntegra da Nota de Repúdio assinada por entidades de Xinguara:
  NOTA REPÚDIO
Os sindicatos e movimentos sócias de Xinguara abaixo relacionados, vem a público manifestar  seu repúdio ao promotor público Renato Beline pela sua atitude, abusiva,  equivocada, indigna, servil, partidária e desastrosa em relação à greve dos trabalhadores em educação do município. Atitude que em vez de resolver o grave problema social causado pela greve, tem contribuído para a continuidade de uma paralisação que alonga por quase dois meses.
A greve é justa porque se justifica pela pauta legítima que reivindica direitos sagrados da categoria tais com aplicação justa dos recursos do FUNDEB, merenda escolar de qualidade, transparência na aplicação dos recursos e outros. É legal porque se assenta no cumprimento rigoroso da lei de greve e, sobretudo, com decisão judicia favorável sentenciada pelo juiz da comarca e pelo tribunal de justiça do estado.

O promotor Renato Beline, fazendo jus ao nome “promotor de justiça” longe de tomar partido ao lado do prefeito municipal’ tentando  coagir a  categoria a findar  a greve com uma sequencia de ameaças  abusa de  seu poder e se torna um promotor de injustiças sócias. Ele, o servidor público Renato Beline que ora ocupa o cargo de promotor em Xinguara, deveria estar exigindo do prefeito municipal a transparência exigida por lei publicando a aplicação dos recursos do Fundo, apurando as improbidade administrativas com  funcionários de confiança sendo pagos pela folha de pagamento do FUNDEB; deveria ajuizar contra o prefeito para que aplicasse a lei  constitucional que garante isonomia aos servidores na revisão salarial anual, deveria,  como protetor do injustiçados, vigiar para garantir, no  mínimo, que o reajuste  contemplasse a perda real de salário em decorrência do índice oficial inflacionário;  deveria, sobretudo,  como promotor de “justiça” garantir que os direitos  previstos na ” de greve” fossem garantidos e denunciar o prefeito municipal pelo abuso de poder, ameaças e perseguições e crimes em relação a lei do FUNDEB e pela sequencia de desobediências  às decisões judiciais.

É uma atitude equivocada em relação a lei, indigna do ministério público, abusiva em relação a competência do mandatário,  servil ante o governo municipal  e desastrosa quanto as consequências praticas para resolver o problema. Com tal postura o promotor Renato Beline tem sido corresponsável para a continuidade da greve oferecendo um pseudo suporte para o prefeito municipal não negociar com a categoria.

Xinguara/PA, 02 de junho de 2014.
Assinam esta nota: SINTEPP – Subsede de Xinguara
Apoiam esta Nota: Coordenação estadual do Sintepp – Sintepp/Regional Sul – Comissão De Direitos Humanos da OAB/Xinguara/ Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos – Comissão Pastoral da Terra – Sindsaúde/Regional Sul – Associação de Moradores do Setor Marajoara II – Associação dos Moradores do Setor Itamarati – Associação dos Moradores do Setor Tanaka – Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xinguara – Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Projeto Casulo – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente – Pastoral da Juventude da Diocese de Conceição do Araguaia – Pastoral da Juventude de Xinguara -
 
A GREVE
Prestes a completar dois meses em greve, e dado o fechamento de todos os canais de negociação por parte do prefeito do município, os trabalhadores em educação de Xinguara, definiram iniciar a greve de fome, ontem, 2.
A decisão dos educadores vem em resposta a recomendação do MPE (Promotor Renato Belini) ao gestor municipal que diz: 1- corte de ponto de 50% da remuneração dos trabalhadores em educação em greve, 2- contratação de professores substituto (70% dos contratados não possui habilitação para o exercício do magistério), 3- abertura de processo administrativo a todos os grevistas, 4- Depósito em juízo dos salários.
O Sintepp lembra que a greve permanece sem resolução pelas perdas nas garantias de direitos adquiridos pelos trabalhadores, como o quinquênio referente ao período de 2002 a 2014; o reajuste salarial proposto pelo governo no valor de 4%; as perdas ao longo da carreira que já acumulam mais 150% para os profissionais de apoio educacional; e as perdas salariais dos secretários escolares e auxiliares administrativos estão entre as principais reivindicações, juntamente com a demanda de melhoria na qualidade da merenda escolar, nas condições de trabalho e realização de concurso pública para a zona rural.
Esclarece ainda, o Sintepp, que “a tática de agressão e perseguição aos trabalhadores continua sendo estimulada pelo governo e parcialidade do MPE estimula a radicalização dos trabalhadores em educação, tais violências desferidas aos dirigentes sindicais e aos trabalhadores da base que já foram devidamente registradas.”


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“Seis, de nove grevistas, unidos, contra a radicalização do prefeito Osvaldo”
 A greve teve inicio dia 14 de abril, uma das principais reivindicações é o um reajuste de 10,4%. A Câmara municipal aprovou numa sessão bastante turbulenta e com pouca observação regimental dia 27 de abril um reajuste  de 04%,(Durante sessão extraordinária realizada na manhã  terça-feira 27, a Câmara Municipal de Xinguara aprovou em caráter de urgência, o Projeto de LEI Municipal N.19/2014,”. http://manancialdecarajas.blogspot.com.br/2014/05/reajuste.html)Não atingindo a meta do SINTEPP que é os salários com no mínimo 83 reais acima do piso nacional.

A GREVE DE FOME
A greve de fome teve inicio na ultima segunda feira dia 02 de junho depois do SINTEPP considerar esgotados os canais de negociação com o poder publico municipal, nove professores decidiram radicalizar ficado sem alimentos para sensibilizar as autoridades. Duas pessoas saíram da greve por recomendação médica, sete pessoas continuam em greve de fome, a situação e de tensão e tristeza para o povo Xinguarense

SITUAÇÃO ATUAL

Para ver de perto a situação dos professores em greve de fome há mais de 72 horas, desembarca em Xinguara, nesta sexta-feira, comissão formada pelos deputados estaduais Edmilson Rodrigues, Nilma Lima, Chico da Pesca e Zé Francisco.
Os Parlamentares tentarão abrir um canal de diálogo dos grevistas com a prefeitura do município, cujo prefeito Osvaldo Assunção, do PMDB, nega-se a conversar com a classe, 
O clima na cidade é de apreensão, já que os sete grevistas, há mais de três dias consumindo apenas líquidos, passaram a apresentar sintomas de desgaste  físico – e como não há clima de distensão entre o prefeito e os manifestantes, a tendência é que a greve perdure por dias.
Por recomendação do promotor de Justiça de Xinguara, Renato Beline, à prefeitura efetuou corte de pontos dos grevistas, contratação de substituição – radicalizou de vez. Ainda na manhã desta quinta feira deputados estaduais reuniram – se com o presidente do ministério publico do estado para tratar do ocorrido em Xinguara. com informações: http://manancialdecarajas.blogspot.com.br/http://www.hiroshibogea.com.br Juarez Queiroz






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Publicado em 7 de junho de 2014
Por Roserval Ramos e Antônio Guimarãe

Os Deputados Edmilson Rodrigues (PSol), membro da comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e Milton Zimmer, que também é presidente estadual do PT, estiveram em Xinguara nesta sexta-feira, 06, para tentar intermediar um dialogo entre o prefeito municipal Osvaldinho Assunção e representantes do Sintepp, Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, para que fossem retomadas as negociações em relação à greve dos trabalhadores em educação da rede de ensino municipal, que já dura quase 60 dias.

Edmilson Rodrigues e Milton Zimmer chegaram a Xinguara por volta das 9h30 da manhã. Inicialmente, o que chamou a atenção dos parlamentares foi à greve de fome deflagrada por 08 educadores que já dura cinco dias. Os deputados foram direto para frente do Ministério Público, onde se encontravam os educadores em greve de fome. Após constatar a real situação, os parlamentares foram para a sede do Sintepp, onde participaram de uma reunião com os membros da diretoria do Sindicato e com a comissão de negociação. Em seguida, foram para uma reunião com o prefeito Osvaldinho em seu gabinete. Participaram da reunião além dos dois Deputados, o advogado Braz Mello, Vilmones da Silva, Secretario de Educação e o presidente da Câmara de Vereadores, Dorismar Altino Medeiros.
Leis mais em:http://www.roservalramos.com.br/


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Por Antônio Guimarães
A greve dos professores da rede publica de ensino do município de Xinguara tem sido acompanhada por muitas pessoas em vários lugares do mundo através das redes sociais na internet.
As informações acabam, assim, rodando o planeta e, com isso, a participação num sistema interligado através da internet possibilita a manifestação de opiniões de quem, de alguma forma, não concorda com pratica de qualquer tipo de abuso.

Tem sido assim as manifestações de apoio expressadas em favor dos professores que se encontram de greve.
A noticia levada às pessoas onde, ao tomarem conhecimento, estes se solidarizam pela causa e pela luta por justiça.
Dessa forma, o sentimento de quem clama por justiça, conforme disse uma das professoras grevistas, já não é mais aumento salarial, mas, sobretudo, por melhores condições de trabalho.
Essa estrutura se torna necessária haja vista que vez por outra se sabe das precariedades que se encontram as escolas. São salas de aula com numero de alunos acima das condições de se poder trabalhar em melhores condições no acompanhamento junto ao aluno, é a merenda escolar que não tem regularidade na qualidade, são as goteiras que acabam molhando as salas de aula, enfim, segue-se ai uma quase infinita relação dos problemas dos quais parecem insolucionáveis pelo poder público.
Agora, para completar a lista desses descuidos por parte dos poderes, subtraem-se as normas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB ao se infringir a garantia do ensino por quem tenha, por formação especifica, as condições de atuação no magistério.
Tais situações remetem-nos dos anos 90 pra trás onde se admitia em sala de aula leigos ou autodidatas.
Por fim, é importante ressaltar que, o impasse entre grevistas e prefeitura pode até ser uma resistência conforme as forças de cada parte, contudo, independentemente de qual seja a forma que venha ser resolvido esse impasse, dificilmente se apagará da história esse capitulo registrado na memória humana e nos meios de armazenamento da rede mundial de computadores, para isso, basta uns poucos cliques nos sites de buscas com apenas algumas palavras: GREVE DE PROFESSORES DE XINGUARA

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Barbosa 'desrespeitou' advogado e 'nem ditadura foi tão longe', diz OAB

Presidente do Supremo mandou retirar do plenário advogado de Genoino. Entidade declarou que o ministro não é 'intocável' e deve explicações.

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nesta quarta-feira (11) "nota de repúdio"à decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, de mandar a segurança da Corte retirar o advogado do ex-deputado José Genoino do plenário. No comunicado, a entidade afirma que o ministro "desrespeitou" o profissional e ressalta que "nem a ditadura militar chegou tão longe".
No início da sessão desta quarta, Barbosamandou que seguranças retirassem o advogado Luiz Fernando Pacheco do plenário. Minutos antes, o criminalista que comanda a defesa de Genoino havia interrompido um julgamento para pedir que o Supremo discutisse recurso que pede que seu cliente deixe o presídio da Papuda, em Brasília, e volte para a prisão domiciliar. Após o debate acalorado no plenário, o advogado foi retirado do local pelos seguranças.
"O advogado é inviolável no exercício da profissão. O presidente do STF, que jurou cumprir a Carta Federal, traiu seu compromisso ao desrespeitar o advogado na tribuna da Suprema Corte. Sequer a ditadura militar chegou tão longe no que se refere ao exercício da advocacia", diz nota assinada pela diretoria do Conselho Federal da OAB - veja abaixo a íntegra.
A entidade dos advogados destacou que Joaquim Barbosa "não é intocável" e que deve explicações à categoria. "A OAB Nacional estudará as diversas formas de obter a reparação por essa agressão ao Estado de Direito e ao livre exercício profissional. O presidente do STF não é intocável e deve dar as devidas explicações à advocacia."
Colega de tribunal de Barbosa, o ministro Marco Aurélio Mello classificou de "péssimo" o episódio. "Foi ruim em termos de estado democrático de direito. O regime é essencialmente democrático e advogado tem, pelo estatuto da advocacia, o direito à palavra. [...] Eu completo dentro de dois dias 24 anos no Supremo e nunca vi uma situação parecida."
Confira abaixo a nota da OAB:
"NOTA DE REPÚDIO
A diretoria do Conselho Federal da OAB repudia de forma veemente a atitude do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, que expulsou da tribuna do tribunal e pôs para fora da sessão mediante coação por segurança o advogado Luiz Fernando Pacheco, que apresentava uma questão de ordem, no limite da sua atuação profissional, nos termos da Lei 8.906. O advogado é inviolável no exercício da profissão. O presidente do STF, que jurou cumprir a Carta Federal, traiu seu compromisso ao desrespeitar o advogado na tribuna da Suprema Corte. Sequer a ditadura militar chegou tão longe no que se refere ao exercício da advocacia. A OAB Nacional estudará as diversas formas de obter a reparação por essa agressão ao Estado de Direito e ao livre exercício profissional. O presidente do STF não é intocável e deve dar as devidas explicações à advocacia brasileira.
Diretoria do Conselho Federal da OAB"
Publicado por - Mariana Oliveira
Do G1, em Brasília




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Dilma terá cenário favorável durante a campanha
Antonio Lassance - Carta Capital 

É bom olhar além das pesquisas de opinião para dar um passoà frente na análise de conjuntura e perceber seus impactos na futura campanha eleitoral. O vento está virando a favor de Dilma.

Em termos políticos e econômicos, com todos os percalços, Dilma tem um cenário que caminha do estável para o positivo.

Como já se imaginava, PMDB e PDT oficializaram apoio à sua reeleição. PSD, PP, PTB, PROS e outros estão a caminho de fazer o mesmo, sem surpresas.
 

As resistências que a presidenta ainda encontra nesses partidos têm muito a ver com as disputas pelos governos estaduais. Mas, como em 2006 e 2010, é preciso olhar não só os candidatos a governador, mas a relação direta que o Planalto tem com prefeitos, inclusive os da oposição.

Mesmo a subida momentânea de Aécio nas pesquisas, maior e antes do esperado, contribui  para configurar o cenário ideal para Dilma, na medida em que o PSDB se firma como o adversário principal e ideal para servir de saco de pancadas.
 

Dilma ainda depende, politicamente, de uma Copa do Mundo que transcorra com normalidade - torcida não só dela, mas da grande maioria da população.
 

Mesmo assim, os maiores riscos na Copa se concentram, sem sombra de dúvida, em São Paulo, com foco em um assunto do Governo do Estado - a campanha salarial dos metroviários.
 

Outro problema, a CPI da Petrobrás, tornou-se tão saturado que a própria oposição deixou de ir à sessão para ouvir o acusado que diziam ser o "homem bomba" do caso.

A possibilidade de segundo turno é ainda real, mas continua no fio da navalha. O desgaste de todos os políticos é um freio de mão puxado para os oposicionistas que, nos setores descontentes do eleitorado, são tidos mais como veneno do que como remédio para a política nacional.

Em termos econômicos, a inflação, alta no primeiro semestre, como no ano passado, tende a iniciar uma tendência de queda e reversão de expectativas negativas.

Além da melhora no preço dos alimentos, um fator crucial entrou em campo: o preço da energia está despencando. O nível dos reservatórios tem ficado acima do esperado, o que se reverte em uma previsão de afluência maior.

Somado à redução na demanda, durante o inverno, o preço da energia está caindo, e muito. A redução, em média, tem chegado a 45%. Na Região Sul, está sendo vendida 60% mais barata.

Na contramão, o governo tucano do Paraná pede que a ANEEL conceda um tarifaço de 32% em favor da companhia elétrica de seu Estado. O assunto já virou tema de campanha dos oposicionistas Roberto Requião (PMDB) e  Gleisi Hoffmann (PT) e é um  prato cheio para ser nacionalizado.

De quebra, a ameaça de crise do sistema (apagões generalizados) ficou cada vez mais remota.

A partir de agosto, com bastante tempo de TV para fazer frente à campanha midiática tucanófila, será hora da candidata responder aos ataques e dizer a que veio, sem ter que se preocupar tanto com inflação, Petrobrás e Copa como tem feito agora.
 

O grande adversário de Dilma está no campo social. É o risco da mesmice, se seu programa não trouxer grandes e empolgantes propostas de mudança, e o desencanto com a política, para a qual a população gostaria de uma boa chacoalhada.
 

Quem sabe a própria oposição forneceu o mote ideal para chacoalhar o debate sobre o sistema político.
 

O decreto presidencial que reforça a participação popular no Governo Federal incomodou os partidos e a mídia tradicionais até mais do que se esperava.

É um ótimo sinal de uma boa briga - a mesma que se comprou em favor do Bolsa Família e dos Mais Médicos; a que faltou no Plano Nacional de Direitos Humanos-3.


(*) Antonio Lassance é cientista político.-


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Vírus da pólio é encontrado em esgoto de Viracopos, São Paulo diz OMS
Amostra coletada em março é similar à de vírus recentemente isolada de um caso na Guiné Equatorial
O vírus da poliomielite, doença erradicada no Brasil há 25 anos, foi encontrado em uma amostra de esgoto em Campinas, no interior do Estado de São Paulo, segundo informe divulgado nesta segunda-feira, 23, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), agência das Nações Unidas.
Embora o vírus tenha sido encontrado em solo brasileiro, não foi registrado até o momento nenhum caso da doença em humanos no País e o risco de transmissão é muito baixo, de acordo com a entidade.
O vírus da pólio foi identificado em amostras coletadas no último mês de março no esgoto do Aeroporto Internacional de Viracopos. Segundo a OMS, ele é similar a um micro-organismo recentemente isolado de um caso de poliomielite na Guiné Equatorial, na África Ocidental, um dos países que ainda registram casos da doença.
O Ministério da Saúde descartou a possibilidade de disseminação de poliomielite e classificou o episódio como um “achado eventual”.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, disse que foi o governo brasileiro que notificou a OMS sobre o vírus, encontrado durante um exame de rotina realizado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Ele reforçou que o vírus é semelhante ao encontrado na Guiné Equatorial e que provavelmente veio de lá.
“A Cetesb repetiu os mesmos exames em abril e todas as amostras foram negativas, até mesmo as de Viracopos, o que confirma que se tratou de algo eventual, provavelmente de um viajante, não sabemos se um passageiro ou tripulante”, disse o secretário.
A análise rotineira de amostras de esgoto faz parte da estratégia das autoridades sanitárias brasileiras para prevenir a disseminação do vírus.
No Estado de São Paulo, a Cetesb é responsável por esse monitoramento, que é realizado em dez pontos, entre eles os três principais aeroportos de São Paulo (Viracopos, Cumbica e Congonhas), os terminais rodoviários do Tietê e da Barra Funda, ambos na capital paulista, e em um estaleiro do Porto de Santos. As análises são realizadas desde 1999.
Em seu informe, a OMS afirmou que “o vírus só foi detectado no esgoto” e, até o momento, “nenhum caso de paralisia por pólio foi registrado”. 
Barbosa destaca que, além de o caso ter sido eventual, a cobertura por vacina no País contra a doença é de cerca de 99%. A última campanha nacional de imunização contra a doença no Brasil foi realizada há um ano, e a cobertura no Estado de São Paulo superou 95%, segundo a OMS. Para a organização, “a elevada imunidade parece ter evitado a transmissão”.
Risco. A agência da ONU disse que o risco de o vírus da poliomielite encontrado no Brasil se espalhar internacionalmente é “muito baixo”. Na Guiné Equatorial, porém, o risco é “alto”, de acordo com a entidade.
A Secretaria Estadual da Saúde informou que foi notificada sobre o achado da Cetesb, mas que ele não altera em nada a condição de erradicação que a doença tem no Estado de São Paulo e em todo o País.
Doença. A poliomielite ataca o sistema nervoso e pode causar paralisia irreversível em questão de horas. Não há cura para a doença, que pode ser evitada com vacinação.
A pólio é considerada erradicada do Brasil desde 1989 e o continente americano foi declarado livre da doença em 1991, de acordo com a OMS, que mantém uma campanha mundial para erradicar a ocorrência de novos casos.
Embora tenha sido eliminada em muitos países, a poliomielite foi tema de uma Declaração de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional no mês passado. 
Na ocasião, a entidade colocou em alerta dez países com risco potencial de exportação do vírus: Afeganistão, Camarões, Etiópia, Guiné Equatorial, Iraque, Israel, Nigéria, Paquistão, Síria e Somália.
Segundo a OMS, até o dia 11 de junho, foram registrados 94 casos de pólio no mundo. / FABIANA CAMBRICOLI COM REUTERS


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Com uma “Volta Ao Mundo” Desfile 7 de Setembro Reúne Milhares de Pessoas em Xinguara

O tradicional Desfile Cívico de sete de Setembro,  levou às ruas e avenidas de Xinguara uma multidão que foi prestigiar o ato cívico. Ao todoquinzeescolas do município participaram do evento que este ano teve como tema “Uma Volta Ao Mundo”. O prefeito, Osvaldinho Assunção, o presidente da Câmara Municipal, Dito do Cinema, vereadorese secretários municipais assistiram as apresentações em um palco montado na Praça Vitória Régia.
No pelotão de frente desfilou a Escola Municipal Betel, a escola apresentoua cultura indiana, com sua riqueza e mistérios. Trazendo também os monumentos históricos como o Taj Mahal, Flor de Lotus e Estátua de Xivas.“Os alunos se dedicaram para apresentar o melhor, superamos nosso desafio e conseguimos trazer para as ruas um pouco dessa cultura que é uma das mais antigas do mundo” disse Esli Oliveira, diretora da escola.
A Banda Marcial da Escola MunicipalJair Ribeiro Campos esteve à frente do primeiro pelotão, o desfile contou ainda com a participação das fanfarras dos alunos do Mais Educação, Igreja Adventista do Sétimo Dia: Clube dos Desbravadores, da Casa da Cultura e da Escola Municipal Pe. João Luiz Purguy.
As escolas municipais Ciranda Cirandinha, Dom Luiz de Palha e José Antão apresentaram as fantasias e o fantástico mundo das crianças com direito a uma viagem encantada à Disney.  As culturas japonesa, americana, italiana, africana e a brasileira foram lembradas. 
Os alunos da Escola Raimundo Henrique de Miranda mostraramas riquezas da região nordestina, com os seus ritmos, literatura, esporte assim como seus políticos que se destacam no cenário nacional.As sete maravilhas do mundo foram apresentadas pela escola Henrique Francisco Ramos, o7 de Setembro em Xinguara teve ainda solidariedade, a ONG Direito de Viver, que abraça a luta no combate ao câncer, desfilou com a Escola Municipal Jader Barbalho.
“Todas as escolas estão de parabéns, é gratificante acompanhar a dedicação e o compromisso de todos com o atocívico, o resultado não poderia ser outro senão o sucesso, o desfile desse domingo foi um dos maiores e mais bem organizados de Xinguara” disse Vilmones da Silva, secretário e educação.

O público presente também aprovou as apresentações, seu Elizeu chegou cedinho à Praça Vitória Régia para ter um lugar privilegiado para assistir a passagem das escolas. “Trouxe meus filhos e a esposa e estamos achando tudo muito bonito e bem organizado. Todos os anos participamos, mas percebemos que esse ano há uma maior participação das escolas, nos presenteando com uma bela apresentação” disse o comerciante.
Zonas Rurais
A data também foi lembrada pelas escolas municipais das zonas rurais, o Distrito São Francisco pela primeira vez realizou o desfile de 7 de setembro em homenagem à Independência do Brasil, o evento aconteceu na tarde da quarta-feira (3), Na sexta-feira (5), foi a vez dos alunos da Escola Municipal São José, localizada no Distrito São José ir às ruas demonstrar o amor à pátria; no sábado os alunos da Escola Municipal Padre João Luiz Purguy, realizaram o desfile cívico no Distrito Rio Vermelho. Mayrla Lima/Ascom



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O elitismo incurável de FHC, artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)

Publicado em outubro 7, 2014 por Redação

[EcoDebate] Fernando Henrique já disse que o PT cresceu nos grotões por falta de informação do povo (UOL, 06/102014). Com isso referia-se certamente em grande parte ao Nordeste brasileiro, principalmente o Semiárido.
Eu tinha jurado a mim mesmo que não daria uma única palavra sobre eleições nesse segundo turno, mas uma afirmação como essa é muito mais que um palpite eleitoral. É na verdade a hedionda visão sudestina sobre o Nordeste.
A arrogância é sempre má conselheira. Seria bom que todos nos perguntássemos qual a “agulha” que ele como presidente investiu na região. Em seu tempo foi realizado um dos melhores estudos sobre o Semiárido, ainda que numa lógica tecnicista, chamado de ARIDAS. Entretanto, quedou-se nas gavetas ou nos discos rígidos dos computadores. Ainda por cima tivemos o apagão energético da CHESF, quando quase todo sistema faliu por absoluto descuido com o São Francisco e outras demandas energéticas
Além do mais, o Semiárido mudou para melhor. Talvez aqui esteja a verdadeira razão do crescimento do PT, embora discordemos de tantas obras faraônicas e para atendimento do capital. Na verdade não foi só o Bolsa Família, ou o aumento do salário mínimo – que no tempo dele valia 60 dólares em contraste com os 300 dólares atuais -, mas também a expansão do abastecimento de água, além de todo apoio dos governos petistas à lógica da convivência com o Semiárido. Assim multiplicaram-se as cisternas para beber, para produzir, a agricultura ecológica, a criação de animais adaptados, numa lista quase infinda de iniciativas da sociedade civil que teve apoio governamental. Mesmo que não publique – por causa de nossas críticas à transposição do São Francisco – o governo tem expandido também as adutoras para muitas cidades do Semiárido. Os desgostos com o PT são muitos e graves, mas não há como negar que houve preocupação com a região.
Ainda mais, nunca a região esteve tão bem informada como nos últimos anos. Expandiu-se a energia elétrica – no tempo dele ainda líamos à luz de vela e lampião na esmagadora maioria das comunidades rurais – e com ela o uso de eletrodomésticos, a internet e os celulares.
Num debate sobre a implantação de uma usina nuclear em Itacuruba, Pernambuco – outro desgosto do governo Dilma encampado por Eduardo Campos – a juventude presente num debate citava os acontecimentos de Fukushima e convocava uma manifestação contrária à obra por torpedos e WhatsApp.
Esses dias, num momento de formação com a juventude do meio rural de Casa Nova e Remanso, Bahia, chamava a atenção que todos sabiam ler e escrever, todos tinham celulares, se comunicavam através das redes sociais, elaboraram um site para registrar seus avanços. Mesmo morando no meio rural, pelo menos a metade tinha acesso diário à internet.
Há poucos tempos atrás seus pais nem sequer sabiam ler. Todas nossas reuniões de formação eram feitas por técnicas de oralidade, como cordéis e músicas facilmente aprendíveis. Eles já tinham sim uma leitura de mundo, mas não tinham a leitura da palavra.
Sim, nessa última grande estiagem, não houve mortalidade humana, nem mesmo a infantil.
Então, o mundo daqui anda bem informado ultimamente. O povo do Semiárido tem razões objetivas para fazer suas escolhas. Parece que o único desinformado é o próprio FHC.
Aliás, depois de uma afirmação como essa, como Aécio ainda poderá pedir os votos dos nordestinos?
Roberto Malvezzi (Gogó), Articulista do Portal EcoDebate, possui formação em Filosofia, Teologia e Estudos Sociais. Atua na Equipe CPP/CPT do São Francisco.


Publicado no Portal EcoDebate, 07/10/2014

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O Paradoxo de Gênero na Política Brasileira, artigo de José Eustáquio Diniz Alves
Publicado em outubro 8, 2014 por Redação

[EcoDebate] As mulheres brasileiras monopolizaram a disputa presidencial do Poder Executivo, em 2014, mas continuam com baixa representação nos principais cargos do Poder Legislativo. Esse é um paradoxo de gênero na política institucional brasileira, pois a presença feminina nos espaços de poder ocorre de forma assimétrica. Sem querer entrar nas questões políticas, ideológicas e programáticas das candidaturas, o objetivo desse artigo é tão somente analisar as questões de gênero (em termos binários) envolvidas na inédita disputa presidencial.
Indubitavelmente, as duas últimas eleições presidenciais mostram o empoderamento das mulheres. Entre as nove candidaturas de 2010, as duas mulheres somaram 67,3 milhões de votos (66,3%), sendo 47,7 milhões de votos para Dilma Rousseff (46,9%) e 19,6 milhões para Marina Silva (19,4%). Nas eleições de 5 de outubro de 2014, entre as 11 candidaturas, as três mulheres candidatas ficaram entre os 4 primeiros colocados, sendo que Dilma Rousseff teve 43,3 milhões de votos (41,6%), Marina Silva teve 22,2 milhões de votos (21,3%) e Luciana Genro teve 1,6 milhão de votos (1,6%). No total, as três mulheres somaram 67 milhões de votos, o que representa 64,5% dos votos. Assim, mesmo sem políticas de cotas para os cargos executivos, as mulheres monopolizaram a atenção dos eleitores, com pouco menos de dois terços dos votos. Repetindo, aproximadamente, os mesmos números de 2010
Dilma Rousseff, Marina Silva e Luciana Genro são mulheres que construíram suas carreiras – profissional e política – de maneira autônoma e sem a tutela masculina. Nas eleições de 2014, entre os candidatos mais bem posicionados, eram os homens que contavam com o “capital familiar”: Eduardo Campos, neto de Miguel Arraes e Aécio Neves, neto de Tancredo. As duas mulheres candidatas mais bem colocadas tiveram uma trajetória mais independente e, pode-se dizer, feminista, embora ambas tenham evitado defender explicitamente a agenda feminista. Os programas das duas candidatas deixam a desejar em termos de uma agenda progressista de gênero para o Brasil. Luciana Genro, embora filha do governador do Rio Grande do Sul, Tasso Genro, ela concorre por um partido de oposição e com posições políticas bem diferentes.
Dilma Rousseff é branca, filha de imigrante búlgaro e cresceu na classe média de Belo Horizonte, onde estudou em bons colégios católicos. Na juventude, participou da luta contra a ditadura, da resistência armada, sendo presa e torturada. Formou-se em economia e fez carreira profissional em Porto Alegre e atuou na política no PDT, mas sem nunca disputar cargo político no Legislativo. Casou, teve uma filha e descasou. Entrou no PT pouco antes de assumir o cargo de ministra de Minas e Energia. Foi também ministra da Casa Civil. Ambos cargos no governo Lula.
Marina Silva é negra (lembrando que negro é a soma das categorias preta e parda do IBGE e que a cor parda inclui toda miscigenação) e filha de imigrantes nordestinos pobres que foram para a Amazônia. Seus pais tiveram onze filhos, dos quais apenas oito sobreviveram. Marina trabalhou como empregada doméstica e foi alfabetizada aos 16 anos de idade. Formou-se em História pela Universidade Federal do Acre. Começou sua carreira política militando nas CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) e posteriormente tornou-se evangélica. Participou das lutas sindicais e ambientalistas ao lado de Chico Mendes e foi uma das fundadoras da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Ela casou teve dois filhos, separou, casou de novo e teve mais dois filhos. Em 1988, foi a vereadora mais votada em Rio Branco. Em 1990, foi eleita deputada estadual e, nos anos de 1994 e 2002, foi eleita senadora pelo Acre. Foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula.
Luciana Genro, é branca e criada em família de classe média alta de políticos gaúchos, nasceu em Santa Maria, em 17 de janeiro de 1971 é advogada. É filha de Tarso Genro (ex-ministro de Lula e atual governador), neta de Adelmo Simas Genro, membro do antigo PTB e sobrinha do falecido jornalista Adelmo Genro Filho. Foi eleita deputada estadual em 1994, aos 23 anos. Em 2002, foi eleita deputada federal pelo PT. Contudo, entrou em choque com o governo Lula e foi praticamente expulsa do PT. Em 2006, foi reeleita deputada federal, já pelo PSOL, sendo a deputada mais votada na capital Porto Alegre.
Porém, a candidatura presidencial destas três mulheres de forte personalidade ocorreu de forma um tanto quanto circunstancial e não pela força feminina nos seus respectivos partidos. O presidente Lula usou a sua popularidade e influência dentro do PT para fazer indicar Dilma Rousseff (que não tinha história no PT), após o escândalo do mensalão que colocou sobre suspeita as tradicionais lideranças petistas. Mariana Silva, que nunca foi do PSB, só se tornou candidata à Presidência em 2014 devido ao acidente trágico que matou o candidato Eduardo Campos. Luciana Genro se tornou candidata à Presidência, em parte porque não podia ser candidata à deputada federal por ser filha do governador do estado de sua residência eleitoral e o ex-candidato do PSOL nas eleições de 2010 estava se tratando de um câncer, tendo falecido em julho de 2014.
O fato de estas três mulheres, Dilma, Marina e Luciana, terem conseguido 64,5% dos votos válidos em 2014 (disputando com mais 8 homens) foi uma confirmação de que o eleitorado não rechaça as mulheres e pode referendar o sexo feminino quando há boas candidatas no pleito. Os 64,5% dos votos são mais uma pá de cal na tese de que o patriarcalismo domina o comportamento do eleitorado.
Não se trata de considerar as mulheres melhores do que os homens, ou vice e versa. Os problemas do país vão muito além das desigualdades entre homens e mulheres. Mas as questões de gênero importam. Diminuir as desigualdades entre os sexos masculino e feminino é um passo importante no sentido de reduzir outros tipos de iniquidades sociais. Diminuir a exclusão feminina da política é uma condição necessária – mas não suficiente – para se construir uma sociedade mais justa. Mesmo considerando que o conteúdo da campanha eleitoral tenha ficado aquém do desejado, o Brasil dá um exemplo positivo para o mundo ao garantir um segundo turno totalmente feminino na disputa eleitoral para o cargo máximo do Poder Executivo.
É preciso destacar que, pela primeira vez, o TSE divulgou os dados de cor/raça das candidaturas. Entre todos os candidatos (de ambos os sexos) em 2014, houve 54,9% de brancos (no censo 2010 do IBGE as pessoas que se autodeclararam brancas foi 47,7%), 35% de pardos (43,1% no censo 2010), 9,3% de pretos (7,6% no censo 2010), 0,46% de amarelos (1,1% no censo 2010), 0,33% de indígenas, (0,43% no censo 2010). Portanto, as cores/raças menos representadas nas candidaturas foram: amarela, indígena e parda. Sobrerrepresentados estavam: brancos e pretos. Não custa lembrar que a população indígena sofreu um genocídio nos primeiros 300 anos da história do Brasil, sendo hoje o grupo populacional em pior condição social e o mais excluído da política e dos espaços de poder.
As pesquisas de intenção de voto à Presidência da República estão mostrando que o eleitorado negro vota proporcionalmente mais em uma candidata branca (Dilma Rousseff) e o eleitorado branco vota proporcionalmente mais em Aécio Neves. Pesquisa IBOPE realizada entre 29/09 a 01/10/2014, mostra a candidata Dilma Rousseff com 37% das intenções de voto no primeiro turno em todo o eleitorado brasileiro, Marina Silva com 24% e Aécio Neves com 19%. Em relação à variável “raça”/cor, Dilma Rousseff tinha 45% das intenções de voto da população negra (preta+parda) e 33% da população branca, enquanto Marina Silva tinha 24% das intenções de voto da população branca e 23% da população negra e Aécio Neves tinha 26% no eleitorado branco e somente 13% no eleitorado negro. Ou seja, Dilma ganharia na população negra, Marina ficaria empatada, Aécio e Luciana Genro ganhariam na população branca.
Porém, a despeito das conquistas das mulheres na disputa da Presidência da República, a exclusão feminina (também a exclusão negra e principalmente indígena) continua no Legislativo. O eleitorado é o mesmo, não se tratando portanto, de considerar o eleitor machista ou patriarcal. Como veremos, a explicação para a baixa representação feminina no parlamento não se deve ao sexismo dos/as eleitores/as, mas devido a dois motivos: 1) o tipo de sistema político/eleitoral do país e a forma como foi redigida a política de cotas; 2) a permanência de práticas misóginas dos partidos políticos que, monopolizados pelos homens, centralizam o poder partidário e a distribuição dos recursos das campanhas.
Fazendo um breve histórico da política de cotas de gênero no Brasil, tem-se como marco a decisão do Congresso Nacional – logo após a 4ª Conferência Mundial das Mulheres ocorrida em Beijing – em adotar uma política de cotas para tentar reverter a exclusão das mulheres brasileiras da política parlamentar. A Lei 9.100 de 29 de setembro de 1995, no § 3º do artigo 11º estabelecia o seguinte:
“Vinte por cento, no mínimo, das vagas de cada partido ou coligação deverão ser preenchidas por candidaturas de mulheres”.
Porém, o número candidaturas subiram de 100% para 150% do número de vagas a preencher pelos partidos, significando que houve possibilidade de aumento das candidaturas masculinas. E o pior, o partido era obrigado a reservar os 20% das vagas (posteriormente passou para 30%), mas não era obrigado a preenchê-las.
Dois anos depois houve a aprovação de uma nova Lei eleitoral. O parágrafo terceiro do artigo 10º da Lei 9.504, de 30 de setembro de 1997 ficou assim redigido:
Do número de vagas resultantes das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação deverá reservar o mínimo de trinta por cento e o máximo de setenta por cento para candidaturas de cada sexo”.
A nova redação da política de cota possibilitou contornar os questionamentos da inconstitucionalidade do mecanismo anterior e deu um caráter mais universalista à política de cotas, dando o mesmo tratamento para os dois sexos. A nova ação afirmativa garantiu o respeito ao princípio “todos são iguais perante a lei” e apenas estabeleceu regras de representação, ou seja, um mínimo de 30% e um máximo de 70% para cada sexo.
Porém, assim como na Lei 9100, a nova redação não garantiu o preenchimento das candidaturas femininas. Os partidos reservavam o piso dos 30% para as mulheres e respeitavam o teto de 70% para os homens, mas não preenchiam as vagas femininas. Na prática, a exclusão feminina continuou, pois os partidos políticos continuaram com suas práticas excludentes, mantendo a desigualdade de gênero nas disputas eleitorais.
Para forçar os partidos a respeitarem o espírito da Lei de Cotas visando aumentar o número de mulheres candidatas e aumentar a equidade de gênero nas listas de candidaturas, e após ampla pressão dos setores progressistas da sociedade, houve uma nova mudança na legislação. Na Lei 12.034, de 29/09/2009, a nova redação da política de cotas ficou assim redigida:
“Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo”.
A alteração pode parecer pequena, mas a mudança do verbo “reservar” para “preencher” significou uma mudança no sentido de forçar os partidos a presença das mulheres nas nominatas eleitorais. O ideal é que fosse garantido a paridade de gênero (50% para cada sexo) nas listas de candidaturas. Mas a mudança na redação da lei representou uma oportunidade, mesmo que limitada. A aplicação da Lei 12.034/2009 garantiu o aumento do número de candidaturas femininas nas eleições de 2010, 2012 e 2014.
Um dos resultados da política de cotas foi demonstrar que o déficit de gênero no Legislativo não se deve à falta de mulheres dispostas a participar da corrida eleitoral, como querem fazer crer algumas lideranças partidárias masculinas. O ano de 2014, por exemplo, bateu todos os recordes de candidaturas femininas. Para a eleição da Câmara de Deputados e das Assembleias Legislativas as nominatas dos partidos ficaram acima do piso dos 30% da política de cotas. Dados do TSE, de 08 de setembro de 2014, mostram que no total havia 18.018 homens candidatos (69%) nas eleições gerais de 2014 e 8.122 mulheres (31%). Houve um avanço expressivo no número de mulheres candidatas que eram somente 786 (7%), em 1994. Houve crescimento de 10 vezes entre 1994 e 2014. Neste sentido, a política de cotas cumpriu seus objetivos de aumentar as candidaturas femininas.
Porém, muitas agremiações completaram a lista com candidatas laranjas e, em 2014 como nos anos anteriores, o percentual de mulheres aptas na disputa ficou abaixo do estipulado nas cotas de gênero, sendo 16.348 homens (71,3%) e 6.581 mulheres (28,7%) candidaturas homologadas pelo TSE (em 08/09/2014). Para Deputado Federal havia, no total das pessoas inscritas, 4.867 homens (68,2%) e 2.272 mulheres (31,8%). Para Deputado Estadual (+ Distrital) havia 12.363 homens (68,6%) e 5.650 mulheres (31,4%). Mas considerando as candidaturas aptas, havia para Deputado Federal 4.383 homens (70,9%) e 1.799 mulheres (29,1%) e para Deputado Estadual (+ Distrital) 11.262 homens (71%) e 4.619 mulheres (29%). Contudo, mesmo considerando que as candidaturas aptas ficaram pouco abaixo da cota de gênero, houve um número recorde de mulheres candidatas em 2014. Não faltaram mulheres candidatas, mas sim, falta apoio dos partidos para as candidaturas femininas ao parlamento.
O resultado das urnas de 05 de outubro mostrou que as mulheres tiveram um desempenho “razoável” para o Senado (mesmo não havendo política de cotas para esta instância). Foram eleitas 5 senadoras em 27 Unidades da Federação, o que representa 18,5% das vagas.
Mas para a Câmara Federal prevaleceu o déficit democrático de gênero e o número de mulheres eleitas ficou aproximadamente o mesmo das últimas duas eleições (ainda não temos os dados definitivos do TSE). Desta forma, o Brasil vai continuar no bloco da lanterninha da representar parlamentar mundial.
Segundo a Inter-Parliamentary Union (IPU), as mulheres mundiais ultrapassaram 22% de participação na Câmara dos Deputados ou em Parlamentos Unicamerais (Lower ou Single House). Todavia, a participação feminina no Brasil permaneceu abaixo de 9% e a diferença entre as taxas brasileiras e mundiais nunca foi tão alta (13,5%), como em 2014. Isto quer dizer que as mulheres brasileiras estão perdendo posição relativa em relação às demais mulheres dos diversos países. No ranking da IPU, os países que possuem a mesma taxa de participação feminina aparecem empatados com o mesmo número de classificação. Desta forma o Brasil estava em 71º lugar em 01 de janeiro de 1997 e em 125º lugar em 01 de fevereiro de 2014. Contudo, no ranking global (considerando quantos países estavam na frente) o Brasil aparecia em 103º lugar em janeiro de 1997 e em 159º lugar em setembro de 2014.
A política parlamentar é uma das áreas em que as mulheres ainda não conseguiram reduzir ou reverter as desigualdades de gênero. Nas demais áreas os avanços foram expressivos.
As mulheres brasileiras possuem menores taxas de mortalidade e vivem mais tempo do que os homens. Em 2012, houve 152.013 óbitos por causas externas, sendo 125.253 homens (82,4%) e 26.606 mulheres (17,6%). Desde 1940 as mulheres são maioria dos habitantes do Brasil e, devido à sobremortalidade masculina por causas violentas, a cada ano aumenta o superávit feminino na população total do país. Em 1932 elas conquistaram o direito de voto e se tornaram maioria do eleitorado a partir de 1998. A cada nova eleição aumenta o superávit feminino no eleitorado. As mulheres entraram em massa em todos os níveis educacionais e já superam os homens em todos os níveis de ensino, incluindo mestrado e doutorado. Cresceu a participação feminina no mercado de trabalho e houve redução do hiato ocupacional e salarial. Obtiveram diversas vitórias na legislação nacional e o reconhecimento constitucional de direitos iguais entre os sexos. São maioria nos beneficiários do Programa Bolsa Família e dos beneficiários da Previdência Social. Nas duas últimas olimpíadas (Pequim, 2008 e Londres, 2012) conquistaram 2 das 3 medalhas de ouro trazidas ao Brasil. Ou seja, passaram do status de excluídas das Olimpíadas até 1932, para líderes desses esportes no século XXI.
Assim, as mulheres avançaram em muitas frentes e chegaram ao comando do posto máximo da República em 2010. Fato não ocorrido, por exemplo, nos Estados Unidos e França, países com grande tradição democrática. O grande atraso nas relações de gênero no Brasil ocorre, portanto, na política parlamentar. Segundo Rosin: “Patriarchy is crumbling. We are reaching the end of 200,000 years of human history and the beginning of a new era in which women, and womanly skills and traits, are on the rise”. O enfraquecimento do patriarcalismo ocorre também no Brasil, embora existam algumas áreas ainda atrasadas no processo de inclusão feminina.
Para resolver o paradoxo de gênero na política é preciso uma reforma política e um processo de democratização dos partidos. É preciso estabelecer a paridade de gênero em todos os cargos de poder dentro das agremiações políticas e democratizar a vida política para todos os segmentos excluídos. Só assim o Brasil poderá ser, verdadeiramente, uma sociedade próspera e justa.
Referências:
ALVES, JED. Mulheres brasileiras perdem posição relativa na política mundial, IPG, SP, 28/04/2012
ALVES, JED. O envelhecimento do eleitorado brasileiro, Portal do Envelhecimento, SP, 24/06/2014
ALVES, JED. As eleições de 2014 e o poder das balzaquianas, Ecodebate, RJ, 27/08/2014
ALVES, JED. Candidata negra tem maior apoio de brancos e candidata branca tem maior apoio de negros, Patricia Galvão, SP, 14/09/2014
ALVES, JED, PINTO, CRJ, JORDÃO, F. (orgs). Mulheres nas eleições 2010. ABCP/SPM, SP, 2012, 520 p.
José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

Publicado no Portal EcoDebate, 08/10/2014


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